Por Jaconias Neto
Um homem suspeito de fazer parte de um grupo criminoso especializado em furtos de caminhonetes que seriam levadas para a Bolívia foi preso pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (13/11), durante a Operação Ciclo Fechado, deflagrada pela Delegacia de Araputanga.
A ação cumpriu três ordens judiciais, incluindo mandado de prisão preventiva, busca e apreensão e quebra de dados telefônicos. O suspeito vai responder por furto qualificado majorado, com penas que podem ser aumentadas devido ao envolvimento com organização criminosa e à reincidência.
A operação contou com o apoio da Delegacia Regional de Cáceres, que auxiliou no cumprimento das ordens judiciais e na execução das diligências.
As investigações começaram em agosto deste ano, após o furto de uma caminhonete Toyota Hilux em Araputanga. A vítima, moradora de Tangará da Serra, estava em viagem de lazer e hospedada em um hotel no centro da cidade.
Durante a madrugada, o veículo, que estava estacionado próximo ao Cartório Eleitoral, foi furtado com o uso de chave falsa e ajuda de comparsas, demonstrando o planejamento e a especialização dos criminosos.
Em cerca de quatro meses de investigação, a equipe da Delegacia de Araputanga reuniu provas consistentes, como imagens de câmeras de segurança, depoimentos de testemunhas e laudos periciais, que confirmaram a participação direta do investigado no crime.
A caminhonete foi recuperada pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron) durante patrulhamento na rodovia MT-388, na zona rural de Porto Esperidião, região usada como rota de fuga para a Bolívia.
De acordo com o delegado Cleber Emanuel Neves, responsável pelo caso, o crime foi praticado de forma organizada, com o objetivo de levar o veículo até a fronteira para comercialização ilegal.
Após o cumprimento do mandado de prisão, o suspeito foi levado para a Delegacia de Araputanga, onde permanece à disposição da Justiça.
O nome da operação faz referência à reincidência criminal do suspeito, conhecido na região por atuar em crimes com o mesmo modus operandi. Ele possui diversas passagens por receptação, furto, roubo e tráfico de drogas.
A denominação também simboliza o combate ao ciclo de furtos de caminhonetes registrado em Araputanga, crimes que alimentam o tráfico de veículos para países vizinhos.